Como surgiu o Direito Sistêmico?
- Rafaela Ribeiro
- 25 de abr. de 2018
- 2 min de leitura
Atualizado: 29 de abr. de 2019

Com o advento da Lei 13.105 de 2015, o Código de Processo Civil, conjuntamente com a Resolução nº 125 do CNJ e outros aparatos legais, fez com que os métodos de autocomposição passassem a compor o nosso ordenamento jurídico como meios extrajudiciais e judiciais de solução de conflitos, o que já existia, entretanto não era pacificado de forma eloquente em nossas legislações.
Também possibilitou a utilização de uma nova ferramenta as Constelações Sistêmicas. A proposta com a utilização dessa ferramenta é o de adquirir.
Um novo pensamento e olhar a partir das leis universais que regem a vida humana, segundo explica o psicoterapeuta Bert Hellinger, bem como, para conhecer o sistema familiar e ampliar a consciência do indivíduo, para que assim, seja encontrada a possível solução pacífica e justa dos conflitos.
Destarte, o magistrado Sami Storch foi o primeiro operador do direito no Brasil, a implementar a utilização da ferramenta, desde o ano de 2006, na Comarca em que atuava, Itabuna/BA.
"Tenho feito isso em eventos coletivos, aos quais são convidadas as partes envolvidas em algumas dezenas de processos com tema em comum (por exemplo, disputas por guarda dos filhos ou alimentos; violência doméstica; jovens envolvidos com atos infracionais; etc.). Após uma palestra sobre os vínculos sistêmicos e suas consequências, fazemos uma meditação para que todos possam visualizar onde estão seus próprios emaranhamentos no passado familiar, e colocamos as constelações relativas a algumas questões familiares das pessoas presentes. Por estarem ali reunidas pessoas envolvidas em situações semelhantes, é comum que muitos se identifiquem com as questões apresentadas." (Sami Storch, 2017)
Ao verificar os efeitos positivos continuou com a aplicação em diversos outros casos. Proporcionando então um novo meio pacífico e humanizado, tanto para as partes, advogados, juízes e todos aqueles que integram o sistema.
Atualmente a técnica tem sido utilizada em cerca de 17 estados no Brasil, mediante projetos instalados nos tribunais, em outros casos o próprio operador do direito possui formação que possibilita a utilização da ferramenta e há situações em que se convida um facilitador sistêmico para atuar frente ao conflito.
Referência
STORCH, Sami. Direito Sistêmico: a resolução de conflitos por meio da abordagem sistêmica fenomenológica das constelções familiares. Artigo publicado no blog Direito Sistêmico em 22/09/2017.https://direitosistemico.wordpress.com/2017/09/22/artigo-descreve-modelo-original-de-pratica-de-constelacoes-na-justica-e-aplicabilidade-do-direito-sistemico/. Acessado em 22 abr. 2018.
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